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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Estação Morte

        Era por volta das três e meia da manhã quando Arnold saiu de uma festa de confraternização na empresa onde trabalhava. Como já era de madrugada e não tinha mais ônibus e nem táxi, ele decidiu voltar para casa de trem. Mas ainda faltavam algumas horas para a estação começar a funcionar. Então, Arnold pediu a um dos seguranças se ele não poderia adentrar a estação e esperar pelo trem com mais tranquilidade. Arnold disse ao segurança que estava exausto e ficaria descansando em um dos bancos até o trem chegar e que não incomodaria em nada. O segurança com muita boa vontade permitiu a entrada de Arnold, que sem pensar muito, foi até um banco que ficava um pouco distante da guarita, sentou e logo começou a cochilar.
          Alguns minutos depois, Arnold despertou ao som de passos. Ele nem precisou abrir bem os olhos para saber que se tratava de uma mulher. O som dos sapatos de salto alto ecoava por toda a estação. A mulher foi caminhando pela plataforma até se aproximar de Arnold e perguntar: “Posso me sentar ao seu lado?”. Arnold disse que sim. Era uma mulher muito bonita que usava um belo e elegante vestido.
          Arnold e a mulher conversaram por vários minutos, ambos contando o porquê de estarem ali naquele horário. Arnold contou sobre a festa, e a mulher disse que havia sido deixada pelo namorado. Ao falar sobre a decepção amorosa, a mulher desabou em lagrimas, e Arnold, querendo ser prestativo, ofereceu seu ombro amigo. A mulher ficou chorando por alguns minutos, depois ficou mais tranquila e por fim adormeceu ao lado de Arnold, que estava muito cansado e logo também pegou no sono.
          Minutos depois Arnold acordou. A mulher já não estava mais ao seu lado, mas sim parada em pé bem na beira da plataforma. Arnold estranhou o comportamento dela. Ela estava imóvel e de cabeça baixa. Lentamente Arnold se aproximou e perguntou: “Você está bem?”. Mas ao levar as mãos ao ombro da mulher, percebeu que ela estava com a pele gelada. Foi aí que a aparência da mulher chamou a atenção e assustou Arnold. Ela estava com o rosto todo machucado e sangrando muito, era como se ela tivesse levado muitos socos devido ao aparente inchaço. Arnold se apavorou, e desesperado perguntou: “Quem fez isso com você?”. Mas a mulher só dizia uma única frase: “Chegou a hora de ficarmos juntos novamente!”. Arnold sem saber o que fazer, gritou pelos seguranças, mas ninguém apareceu. Foi aí que a mulher agarrou Arnold cravando as unhas em seus braços, e fazendo muita força, queria joga-lo nos trilhos, bem na frente do trem que se aproximava ao longe. Arnold lutou com a mulher por alguns segundos, até que ele ouviu uma voz gritar: “Não... Já chega disso!”. Era um dos seguranças que se aproximou e conseguir livrar Arnold da fúria da mulher. Os dois correram e se trancaram na guarita. A mulher perseguiu os rapazes e ficou batendo na porta da guarita dando gritos ensurdecedores de raiva.
          Enquanto a mulher espancava a porta, o segurança contou para Arnold o que estava acontecendo. Mesmo apavorado e com os braços machucados, ele ouviu o que o segurança tinha a dizer.
          O segurança disse que aquela furiosa mulher era sua ex-namorada. Disse também que após uma discussão, ele perdeu a cabeça, espancou e assassinou a mulher. Desesperado, o segurança enterrou o corpo da ex-companheira bem ao lado dos trilhos na estação. O segurança continuou dizendo que a mulher voltou para assombra-lo, e perturbado com suas aparições, disse que daria a alma de outros rapazes para acalmar sua fúria. Arnold seria o sexto homem a ser sacrificado. As outras mortes foram dadas todas como suicidio.
          Não suportando a culpa, o segurança decidiu deixar o fantasma da sua ex-namorada se vingar de uma vez por todas. O segurança pediu para Arnold ficar dentro da guarita, e disse que logo daria um fim aquela maldição.
          Arnold fez o que o segurança pediu, e de dentro da guarita ouviu a frase: “Sou eu quem você quer... pode me levar!”. Alguns segundos depois, os gritos de dor e desespero do segurança foram ouvidos. Ele foi jogado bem na frente do trem que chegava a estação.
          Arnold desistiu de pegar o trem, e rapidamente saiu da estação, nem procurou saber que fim levaria a morte do segurança. Mas voltou para casa carregando terríveis lembranças que o acompanharão até o fim da vida.

Autor : Felipe AG

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ESPECIAL - Curta Metragem Sobrenatural

Olá amigos leitores! Nessa semana a postagem é um pouco diferente, nela, vou compartilhar com vocês o novo curta metragem feito por um grande amigo com a minha colaboração. Nós fazemos parte da Brains Films, e esse é oficialmente nosso terceiro curta metragem!

DO YOU MISS  ME ?




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Assombrações - Fantasmas Japoneses

Por Felipe AG

Olá galera...aí vai um post sobre um dos assuntos que mais gosto...histórias de assombração. E o Japão é um país rico em lendas e histórias de fantasmas. Nesse post, você vai conhecer algum dos mais assustadores fantasmas japoneses.

ONRYO : Esse é um fantasma vingativo, ou seja, retornam para assombrar e prejudicar aqueles que lhe causaram mal em vida. A grande maioria desses fantasmas são mulheres que foram maltratadas e humilhadas por seus respectivos maridos. Os espíritos dessas mulheres retornam para prejudicar não só o marido, mas também para perturbar a amante e causar distúrbios entre os moradores próximos ao local em que ela vivia. É uma história muito usada para servir de alerta, para que os rapazes sempre sejam bons maridos.

UBUME : Segundo as lendas, Ubume é o fantasma de uma mulher que, em meio a uma gravidez de risco, preferiu morrer durante o parto para poder salvar a vida de seu bebe.. Em outra variante dessa lenda, conta-se que o Ubume compra doces e outras guloseimas para as crianças. Mas na grande maioria das vezes, o Ubume aparece como um fantasma de uma mulher com o cabelo bem comprido e usando vestes brancas.

GORYO : Um fantasma parecido com o Onryo, cujo objetivo é prejudicar e se vingar dos seus desafetos em vida, mas com apenas uma diferença. Goryo são fantasmas de pessoas cujo poder aquisitivo era alto. E dizem que o poder que eles exerciam durante a vida, era transportado para o além. Essas pessoas quando falecidas, se tornavam poderosos fantasmas, capazes de causar grande destruição, assim como desastres naturais, matando todos aqueles que estivessem próximos, não importando o qual tipo de pessoa, todos eram dizimados.

ZASHIKI-WARASHI : São fantasmas de crianças "Zashik = quarto" 'Warashi = criança" Criança do quarto. Mas ninguém sabe ao certo se são realmente fantasmas de crianças ou são duendes, devido à capacidade de fazer peraltices. Pode ser menino ou menina. Mas por outro lado são os únicos fantasmas que não procuram vingança., dizem que até traz sorte e fortuna pra aquele que é assombrado e também protege as crianças. Mas, aquele que recebe a visita de um Zashiki-Warashi deve se acostumar e trata-lo bem, pois o fantasminha pode se tornar um acompanhante muito arteiro e chato.

FUNAYREI : São fantasmas de pessoas que morreram afogadas no mar. O intuito desses espíritos não é assombrar e nem se vingar, eles apenas ficam lamentando o ocorrido. Dizem que os navios onde ficam os Funayrei se aproximam dos navios dos pescadores, e caso não recebam ajuda, o navio daquele que não ajudou afunda e a pessoa acaba morrendo afogada também. Depois a pessoa passa a fazer parte dos Funayrei, e está fadado a passar toda a eternidade lamentando a morte no mar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Relato Sobrenatural - Invasão do Além

Aconteceu com : Luiz Eduardo (Estado do Pará)

Esta hístoria é verídica! Quero dizer que o relato a seguir aconteceu comigo quando eu tinha 17 anos, em uma ilha paradisíaca no litoral Paraense chamada "Ilha do Algodoal".
 
Em novembro de 1983, tínhamos uma casa na citada ilha e minha irmã recém casada possuía outra um pouco distante da dos meus pais. Em um final de semana resolvi ir para a ilha, e como não queria segurar a vela dos recém casados, resolvi dormir na nossa casa. Na época não havia energia elétrica na ilha, e apesar das insistências dela e do meu cunhado, resolvi ir para casa, já que eu não ia ficar sozinho, pois tínhamos caseiro, o qual era pescador local, um cara muito corajoso por sinal. Nossa casa ficava em uma rua de frente para a praia e o final da rua ia para o manguezal. Naquele dia, só estavam por ali os nativos do lugar, pois era época fora de férias.

Saí para dar uma volta e retornei às 22:30'. Obviamente eu junto com o caseiro, pois o lugar era lindo de dia, porém a noite a coisa complicava. Até os moradores do local respeitavam as altas horas devido às suas crenças e medos. Chegando em casa resolvi dormir na sala. Fechei a porta e perguntei se o caseiro ia pescar naquela noite, e ele disse que sim. Então me preparei para ter uma noite tranqüila de sono.

Acordei lá pela meia noite com o caseiro já de pé para ir pescar, porém o mesmo me tranqüilizou e disse que não ia demorar, e que demoraria para sair só uns 15 minutos, tempo que levaria para pegar as iscas para usar pela manhã e ainda me convidou para ir com ele. Como eu estava muito cansado, recusei e fiquei em casa. Passados uns 10 minutos após o caseiro sair, escutei vários cachorros latindo como se acuassem alguma coisa lá fora. Isso vinha do lado do manguezal. E aquele barulho estava se aproximando da minha casa. Então fiquei olhando para ver o que poderia ser, foi quando ouvi a coisa mais horrível da minha vida:
Comecei a escutar gritos de mulher pedindo socorro e que estava morrendo e não aguentava mais.
Não cheguei a ver o que era, mas aquilo parou bem em frente da minha casa, enquanto os cachorros ficavam acuando a coisa e aquilo parecia que batia neles e brigava, e ao mesmo tempo gritava por socorro.

Quando tentei me levantar para fechar as janelas, não consegui sequer mexer um dedo sequer, estava totalmente paralisado. Tentei gritar, porém a voz não saía, só podia mexer os olhos. Aquela coisa parecia então que entrou no quintal de casa e começou a se arrastar fazendo um barulho, como se fossem ossos dentro de um saco. Meu desespero foi tão grande que naquela noite pedi até para morrer, pois não aguentava de tanto pavor diante daquele barulho de ossada se arrastando e pedindo socorro e dizendo que estava morrendo. Eu ficava imaginando como seria aquilo.

Rezei o pai nosso e ave maria e de nada adiantou. Quando comecei a rezar o CREIO EM DEUS PAI, aquilo foi se afastando devagar em direção a praia. Então consegui me mexer e desabei em choro de terror.
Passados uns 30 minutos, chegou o caseiro e contei-lhe o acontecido, e ele não demonstrou medo, porém ficou preocupado.

De manhã conversando com os moradores locais, fiquei sabendo que outras pessoas já haviam passado pela mesma experiência, e que no lugar onde era nossa casa já havia morrido uma mulher durante o parto.

Amigos, não sei o era aquilo, de onde veio e para onde foi, mas não desejo ao pior inimigo os momentos de terror que passei naquela noite.

Fonte : alemdaimaginacao.com

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dica de Livro - Enterro Prematuro (Edgar Allan Poe)

Enterro Prematuro e Outros Contos do Mestre do Terror
Para ler Edgar Allan Poe exige coragem. Exige, também, uma forte atração por universos densos, repletos de seres, cujas existências situam-se na zona fronteiriça entre vida e morte. Não é à toa que o autor norte-americano acabou inscrevendo seu nome como o maior escritor de terror. Um terror, todavia, muito mais psicológico. Um terror que investiga o interior do ser humano e sua capacidade de praticar atos que poderiam ser considerados tortos, terríveis, grotescos, mas que, para aqueles que os executam, tornam-se necessários, vitais. Um terror que, ao mesmo tempo em que inquieta e assusta, seduz e convida à leitura.



Onde Encontrar : Livraria Saraiva

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